Caminhando...
 
29
Out 09

(imagem retirada da internet)

 

"Eu adoro todas as coisas
E o meu coração é um albergue aberto toda a noite.
Tenho pela vida um interesse ávido
Que busca compreendê-la sentindo-a muito.
Amo tudo, animo tudo, empresto humanidade a tudo,
Aos homens e às pedras, às almas e às máquinas,
Para aumentar com isso a minha personalidade.
Pertenço a tudo para pertencer cada vez mais a mim próprio
E a minha ambição era trazer o universo ao colo
Como uma criança a quem a ama beija.


Eu amo todas as coisas, umas mais do que as outras,
Não nenhuma mais do que outra, mas sempre mais as que estou vendo
Do que as que vi ou verei.
Nada para mim é tão belo como o movimento e as sensações.
A vida é uma grande feira e tudo são barracas e saltimbancos.
Penso nisto, enterneço-me mas não sossego nunca."

 

Álvaro de Campos

publicado por Caminhando... às 22:36
26
Out 09

 

(imagem retirada da internet)

 

Fui brindada com o prémio "Selinho blog perfeitinho" o qual agradeço imenso e as regras são as seguintes:

 

1. O link de quem indicou:  Sheila, Margarida e Just moments.

 

2. Postar o selo:

 

3. Passar o selo a 5 (10) blogs perfeitos:

- Um breve olhar, FilipeP, Marta M, Teresa, Pingo de mel, Azul do céu, Cris, e claro está, às doces amigas Sheila, Margarida e Just moments.

 

4. Responder às perguntas:

- Mania – Gostar e fazer questão de nunca deixar de amassar (beijar e/ou abraçar) um dos meus Heróis antes de se apagarem as luzes à noite cá em casa.

- Pecado capital – Gula.

- Melhor cheiro do mundo – O cheiro de quem realmente gosto; o cheiro a maresia; o cheiro a terra molhada…

- Se o dinheiro não constituísse problema – Muito havia que fazer com ele. Ideias não me faltam.

- História de Infância – Sempre fui “Maria-rapaz” e algo que adorava era subir às árvores, portões, tudo o que fosse alto. Depois da escalada, instalava-me e apanhava o vento na cara e apreciava a vista.

- Habilidade como dona de casa – Maluca ou não, gosto de engomar. Gosto também de cozinhar, especialmente de fazer sopas mas, não tenho jeiteira nenhuma para fazer doces (a não ser aqueles instantâneos).

- O que não gosto de fazer em casa – Limpar vidros.

- Frase preferida – Valoriza o que tens e depois sim, procura mais.

- Passeio para o corpo – Um passeio ao fim da tarde à beira mar.

- O que me irrita – Indiferença, injustiça, dificuldade em assumir erros.

- Talento oculto – Será que tenho algum?

- Frases ou palavras que uso frequentemente – “basicamente” e “então”.

- Palavrão mais usado – Não costumo dize-los mas, quando os digo, não são bonitos não…

- Não importa que seja moda, eu não usaria nunca – Algo que fizesse com que me sentisse desconfortável.

- Queria ter nascido a saber – Se ao nascer, os conhecimentos já estivessem adquiridos, que gosto daria estar aqui, e fazer esta caminhada?

publicado por Caminhando... às 22:18
24
Out 09

 

(imagem retirada da internet)

 

Tive conhecimento, através de um programa de televisão, de uma história rica em amor, amizade e ternura.

Esta história começou em 1969, quando dois amigos australianos a viver em Londres: John Rendall e Anthony "Ace" Bourke, ao visitarem a loja “Harrods”, encontraram um pequeno leão à venda, no departamento de animais exóticos e comovidos com suas condições e futuro, decidiram comprá-lo.

Rendall, Bourke e as suas namoradas, Jennifer Mary e Unity Jones cuidaram do leão até que ele atingiu um ano de idade. O tamanho cada vez maior de Christian (nome dado ao leão) e o custo para mantê-lo fizeram com que percebessem que não poderiam mantê-lo em Londres por muito tempo.

Com a ajuda de pessoal especializado, foi feito o possível para que Christian fosse para África, tendo sido feita a sua adaptação à vida selvagem na Reserva Nacional de Kora (Quénia).

A adaptação correu bem e, um ano depois, John Rendall e Anthony "Ace" Bourke, já cheios de saudades, decidiram ver como estava o seu antigo companheiro. Ao partilhar o desejo de o rever, foi-lhes dito por um especialista que, o leão não os iria reconhecer e que, poderia até ser perigoso aproximarem-se dele, tendo em conta o ambiente selvagem em que estava inserido. Tendo também peso o facto de o animal ser um Leão adulto…

Mas sucedeu precisamente o contrário.

Contada a história, deixo aqui o vídeo que me deliciou e comoveu:

 

 

Depois de tão delicioso reencontro, Christian lá voltou para a família que construiu.

 

Os animais são de facto fantásticos e, tal como já referi num post anterior, é incrível que estes seres sejam irracionais e consigam mostrar amizade, amor, agradecimento e respeito, parecendo muito mais racionais que seres que de facto o são.

publicado por Caminhando... às 20:40
17
Out 09

(imagem retirada da internet)

 

No dia 14 de Outubro, tive o gosto de ler mais um texto escrito pela terna Amiga Teresa.

O tema por si escolhido foi o Optimismo.

Muito gostei de o ler e, deixou-me a reflectir relativamente a esta característica humana de tentar ver sempre o lado positivo das coisas, algo que creio, Infelizmente, estar um pouco em desuso.

 

Encontrei estas palavras de uma psicóloga portuguesa que gostaria de partilhar convosco:

“Segundo a psicóloga Helena Marujo (…) o optimista "é uma pessoa que é capaz de se rir das suas desgraças, que encontra sempre alguma coisa de positivo, de engraçado, de divertido, em particular nas experiências menos positivas. É aquele que sonha e que corre o risco de que esse sonho se venha a realizar. É aquele que acredita que tem capacidades para gerir o seu destino, e que a vida não é uma coisa imposta mas algo que se constrói".

"As pessoas optimistas são aquelas que acham que a vida vale a pena ser vivida".

 

O optimismo, tal como a esta Amiga colocou como título do seu post, constrói-se. Existe a necessidade de ter a percepção de que, temos a hipótese de decidir que caminho e que lado escolher.

Há que, tal como diz esta psicóloga “ treinar a flexibilidade de pensamento. Podemos pensar: ‘Espera lá, isto é uma hipótese, mas há outras.' Há dezenas de explicações para o que nos acontece. Porque é que havemos de pegar sempre nas mais negativas?"

 

Tal como comentei no seu post, penso que o grande problema/entrave à felicidade de muita gente é não dar valor às coisas que possui agora: as pessoas com as quais convive, o trabalho que tem, etc. Quer-se sempre mais e mais, fazendo com que, esta onda de constante insatisfação faça com que o optimismo e a alegria de viver não surjam.
Para que consigamos ser optimistas penso que temos de encontrar uma certa paz interior para que consigamos sentir, ouvir, cheirar, e no fundo valorizar tudo o que nos rodeia, tornando-nos assim agradecidos e, optimistas relativamente ao que poderá vir!
Para que sejamos optimistas temos de ter o coração um pouco confortado pois, de coração vazio é um pouco difícil o sorriso aparecer.

 

Um optimista, segundo esta psicóloga:

- Recusa o perfeccionismo, mas sabe que pode sempre melhorar.
- Sabe que a forma como olha, interpreta e sente a realidade determina em muito essa mesma realidade. Vê o melhor e espera o melhor.
- Acredita que ‘o destino não está marcado'. Pode - e deve - transformar sonhos em realidades.
- Nunca se esquece que tem nas mãos uma parte central do seu próprio futuro
- Sabe que um insucesso ou um erro não é um pecado, mas uma óptima experiência de aprendizagem. Anota, aprende e segue em frente.
- Sabe que os outros têm sempre razões para se comportarem como se comportam, e que mesmo nas pessoas mais difíceis é possível ver talentos.
- Gosta de si, aprecia-se e transmite entusiasmo aos outros.
- Sabe lidar de forma controlada com as emoções mais negativas. Ouve mais do que fala, respeita mais do que impõe.
15
Out 09

(imagem retirada da internet)

 

"Uns, com os olhos postos no passado,
Vêem o que não vêem; outros, fitos
Os mesmos olhos no futuro, vêem
O que não pode ver-se.

Por que tão longe ir pôr o que está perto —
A segurança nossa? Este é o dia,
Esta é a hora, este o momento, isto
É quem somos, e é tudo.

Perene flui a interminável hora
Que nos confessa nulos. No mesmo hausto
Em que vivemos, morreremos. Colhe
O dia, porque és ele."

 

Ricardo Reis, in "Odes"

publicado por Caminhando... às 22:04
08
Out 09

Em tempos, apresentei um trabalho para a disciplina de Ingles e, ontem lembrei-me dele ao falar com uma pessoa amiga.

Já partilhei convosco outro video que fiz - aqui.

Gosto sempre de relacionar pensamentos com palavras, pela simples razão de que, "Uma imagem consegue valer mais do que inúmeras palavras".

 

Está pequenino mas, julgo que dá perceber a ideia.

 

 

Acredito que é possivel manter algo durante muito e longo tempo, sendo essencial para que isso possa acontecer, haver investimento e entrega, constantes.

Acredito também que, muitas relações, amizades, etc, não dão resultado, pelo facto de, por vezes ao gostar muito, damos por garantida a outra pessoa, deixando assim de existir investimento no relacionamento.

E por vezes, mesmo valorizando todos os dias a presença de quem mais estimamos, a vida consegue fazer com que algo que nunca nos passaria pela cabeça que pudesse acontecer, suceda (tal como a morte de alguem proximo por exemplo.)

 

Daí que diga que, o "para sempre" seja muito subjectivo.

 

Amar, Valorizar, estimar, abraçar e beijar são por isso palavras que considero de extrema importância,  serem feitas a quem mais estimamos, Agora, pois o tempo é demasiado traiçoeiro...

Ocorendo algo mau/imprevisivel a algum dos nossos, que choremos pelo facto de não ter sido possivel dar mais, e não pelo que  não foi dado seja por falta de tempo, seja por falta de valorização e apreço. As memórias doiem, mas são sempre um conforto que se tem.

publicado por Caminhando... às 22:29
06
Out 09

(imagem retirada da internet)

 

 Hoje, mais um dia de treino.

A vontade era muita, tendo em conta que o fim-de-semana é sinónimo de descanso dos músculos.

Chegado o Outono, com ele vieram os abundantes aguaceiros.

Muito bem acompanhada lá fui e, estando há cerca de 5 minutos a correr, S. Pedro abençoou-nos com uma Sra. Chuvada.

Sempre gostei de apanhar chuva e, hoje foi sem dúvida uma óptima sensação.

Adoro sentir a água a embater-me na cara e sentir uma intensa liberdade. Molhámo-nos a valer mas, soube muitíssimo bem.

 

Tão bom que é ter vontade de fazer algo, e faze-lo. Sem que os “mas” nos impeçam de fazer algo que gostamos.

 Acredito que basta estar atento para que se consigam sentir grandes sensações. Hoje, senti bastante, pois, lembrei-me do meu tempo de criança em que, quando começava a chover, todos os meninos se iam abrigar e eu ficava sempre deliciada a vê-la cair, e levantava a cabeça para a apanhar em cheio no rosto.

Lembrei-me de saltitar de poça em poça, com um imenso sorriso. Lembro-me de me sentir feliz.

 

Ao longo da minha existência, já tracei alguns objectivos e um deles é: Se tens vontade de fazer algo, existe possibilidade de o fazer e, ao faze-lo não estás a prejudicar ninguém, então fá-lo.

Aprendi que, deixar para “depois” nem sempre é a atitude mais inteligente a tomar pois, entre o desejo de agora, e a sua concretização ao ser deixada para depois, muitos momentos, sorrisos, beijos, abraços e emoções se irão perder por isso. Agora tenho vontade e existe possibilidade, então vou faze-lo. E tão bom que é o conforto depois que se sente.

 

Hoje, mais um dia de treino. Havia vontade. Estava a chover a potes. Resultado: Cheguei a pingar, com o treino feito e  um sorriso de orelha a orelha!

03
Out 09

(imagem retirada da internet)

 

“Todos os dias
nascem pequeninas nuvens,
róseas umas,
aniladas outras,
nacaradas espumas...

Todos os dias
nascem rosas,
também róseas
ou cor de chá, de veludo...

Todos os dias
nascem violetas,
as eleitas
dos pobres corações...

Todos os dias
nascem risos, canções...

Todos os dias
os pássaros acordam
nos seus ninhos de lãs...

Todos os dias
nascem novos dias,
nascem novas manhãs...”

 

Saúl Dias, in "Essência"
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