Caminhando...
 
23
Nov 09

(imagem retirada da internet)

 

Muitos são os valores que me foram incutidos, entre eles o respeito e a justiça que ao longo do meu caminho faço por preservar e manter visto que os considero essenciais para a saudável e correcta vida em sociedade.

 

Hoje, aproveitando a manhã livre, resolvi ir tratar de uns assuntos que, por falta de tempo e preguiça, foram sendo adiados.

Chegado ao local desejado, e vendo que estava gente à frente, fiquei na fila.

Minutos depois de lá ter chegado, vejo um senhor a entrar pela porta deste estabelecimento e, de forma muito rápida, a dirigir-se não para a fila, mas sim para o balcão de atendimento. Ouvindo-o a pedir o que desejava, e ao ver que nem as pessoas da fila, nem a própria funcionária diziam nada, resolvi intervir, tendo em conta que não achei o que estava a acontecer, correcto.

Saí da fila, e dirigi-me ao senhor, dizendo-lhe com muita calma que, estavam pessoas à sua frente, sendo que o mais correcto era o senhor esperar pela sua vez. Dito isto, o senhor olhando-me de alto a baixo e arregalando os olhos, diz-me isto: “É realmente incrível, esta gentinha só porque as mãezinhas e os paizinhos lhes dão tudo, menos educação, já pensam que são gente e resolvem armar-se em putos mimados exigindo coisas. Nós que pagamos as contas e lhes proporcionamos tudo, fazendo a sociedade evoluir, e eles é que querem exigir respeito”. O senhor ainda continuou a dizer mais uma serie de coisas, sendo cada vez mais incorrecto. Sendo-me impossível continuar a ouvir tal discurso, disse-lhe: “Peço-lhe que não faça juízos de valor, sem ter conhecimento absolutamente nenhum do que está a dizer. O senhor está a exigir respeito, não estando, desde que entrou aqui, a mostrar um pouco que seja dele. O facto de a pessoa estar mal disposta ou arreliada com algo, não faz com que os outros, que não têm responsabilidade nenhuma, tenham de ser prejudicados e como que responsabilizados por esse facto. Por último, o único alimento da sociedade não é apenas e só o dinheiro mas sim boas acções e justas atitudes.”

Depois de ter dito isto tudo, o meu principal problema imediato era saber se tinha sido incorrecta, ou de alguma forma injusta com o que disse, dado que respondi de forma espontânea e já muito chateada.

Ouvindo-me, o senhor pega com violência nos papéis que tinha dado à funcionária saindo do estabelecimento.

Pedi desculpa pela “cena” aos presentes e voltei para a fila, voltando depois tudo à normalidade.

 

Não consigo perceber este tipo de atitudes. Não percebo como é possível que, se exija algo, sem antes fazer e actuar segundo o que se exige.

Algo que noto ao longo do tempo, é uma imensa agressividade com que as pessoas se falam e actuam. Talvez seja do elevado ritmo de trabalho, falta de oportunidades, inúmeras injustiças, entre outras coisas mas, acredito que no meio desta azáfama em que todos andamos, existe sempre espaço para o respeito, justiça e consideração.

publicado por Caminhando... às 21:52
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