Espantoso como, nas mais improváveis situações, se torna o que se considera impossível, em possível de forma tão rápida.
P.s : Muito Obrigada Margarida!
Espantoso como, nas mais improváveis situações, se torna o que se considera impossível, em possível de forma tão rápida.
P.s : Muito Obrigada Margarida!
(…)
“Alegria sem causa, alegria animal
que nenhum mal
pode vencer.
Doido prazer
de respirar!
Volúpia de encontrar
a terra honesta sob os pés descalços.
Prazer de abandonar os gestos falsos,
prazer de regressar,
de respirar
honestamente e sem caprichos,
como as ervas e os bichos.
Alegria voluptuosa de trincar
frutos e de cheirar rosas.
Alegria brutal e primitiva
de estar viva,
feliz ou infeliz
mas bem presa à raiz.
Volúpia de sentir na minha mão,
a côdea do meu pão.
Volúpia de sentir-me ágil e forte
e de saber enfim que só a morte
é triste e sem remédio.
Prazer de renegar e de destruir o tédio,
Esse estranho cilício,
e de entregar-me à vida como a um vício.
Alegria!
Alegria!
Volúpia de sentir-me em cada dia
mais cansada, mais triste, mais dorida
mas cada vez mais agarrada à Vida!”
Fernanda de Castro, in "D'Aquém e D'Além Alma"
(imagens retiradas da internet)
“Muitas vezes é mais fácil amar do que ser amado. Temos dificuldade em aceitar a ajuda e apoio dos outros. A nossa tentativa de parecer-mos independentes não permite que o próximo tenha oportunidade de nos demonstrar o seu amor. Muitos pais, na velhice, roubam aos filhos a oportunidade de eles lhes darem o mesmo carinho e apoio que receberam quando crianças. Muitos maridos (ou esposas), quando são atingidos por certos raios do destino, sentem-se envergonhados por dependerem do outro. E, com isto, as águas do amor não se espalham. É preciso aceitar o gesto de amor do próximo. É preciso permitir que alguém nos ajude, nos apoie, nos dê forças para continuar. Se aceitarmos esse amor com pureza e humildade, perceberemos que o Amor não é dar ou receber, é participar.”
Do livro “Maktub”
Recentemente vi o filme "Hachiko: A dog's story". É uma história tocante, baseada em factos reais que partilho de seguida:
" Em 1924, Hachiko foi trazido para Tóquio pelo seu dono, Hidesaburo Ueno, um professor do departamento de agricultura da Universidade de Tóquio. Este, que sempre fora um amante de cães, nomeou-o Hachi (diminutivo de Hachiko) e encheu-o de amor e carinho. Hachiko acompanhava Ueno desde a porta de casa até à não distante estação de comboios de Shibuya, retornando para encontrá-lo no final do dia.
A rotina continuou até Maio do ano seguinte, quando numa tarde o professor não chegou no comboio como de costume. Ueno sofrera um AVC na Universidade.
A história diz que na noite do velório, Hachiko, que estava no jardim, quebrou as portas de vidro da casa e fez o seu caminho para a sala onde o corpo foi colocado, e passou a noite deitado ao lado do seu dono, recusando-se a ceder.
Depois da morte do dono, familiares do professor quiseram levar o cão para viver consigo, acabando este por fugir várias vezes.
Depois de por diversas vezes Hachiko ter voltado à casa onde foi desde cedo criado, começou a ir todos os dias à estação de comboios onde durante 1 ano e quatro meses sempre esperou o dono. Tal como sempre, sentava-se à espera que o dono voltasse para casa, fazendo isso dia após dia, ano após ano, durante 9 anos.
Estátua de Hachiko em Shibuya
Em 21 de Abril de 1934, uma estátua de bronze foi erguida no lugar onde Hachi esperava pelo dono com um poema gravado e um cartaz intitulado "Linhas para um cão leal".
(imagem retirada da internet)
"A sua devoção à memória do seu dono impressionou o povo japonês e tornou-se modelo de dedicação à memória da família. Pais e professores usavam Hachiko como exemplo para educar as crianças."
Informação retirada da internet