Caminhando...
 
30
Abr 10

(imagem retirada da internet)

 

“Só se atinge um novo nível de comunicação com aquilo a que pode chamar-se compreensão. As pessoas mudam o seu comportamento quando se sentem compreendidas.

Gostar de outra pessoa não é necessariamente compreendê-la. Se há uma pessoa de quem simplesmente não goste, esforce-se por conhecer primeiro o “eu” que não gosta dessa pessoa. A forma como conhecemos outra pessoa coincide inteiramente com a forma como nos conhecemos a nós próprios. Conhecer é saber ouvir o que a outra pessoa está a dizer.
“Quero falar sobre os meus sentimentos”, pode você dizer, “mas ninguém me ouve.” Não é o único que pensa isto muitas vezes. De facto, isso é o que acontece sempre que as pessoas tentam usar a comunicação para competir, em vez de conhecer. Enquanto pensar que a capacidade para comunicar é idêntica à capacidade para falar, nunca experimentará um sentimento de união com outra pessoa. A capacidade para comunicar depende da capacidade para fazer a outra pessoa falar – e da sua capacidade para ouvir o que ela está a dizer. Só se ouve verdadeiramente quando se ouve tudo o que a pessoa está a dizer sem julgar, ou negar, ou comparar essa pessoa connosco.”

 

Do livro: "Quero falar-te dos meus sentimentos" de Mamoru Itoh

 

Conheci este livro através deste post da Amiga Marta e fiquei logo muitíssimo curiosa para o ler. Este, é um livro muito especial que tal como está escrito na contracapa "desperta o leitor para os valores simples e essenciais da inter-relação humana".

 

Muito Obrigada Marta pela tua partilha que me levou a trazê-lo para casa e a deliciar-me ao lê-lo (já por inumeras vezes)!

 

Feliz Fim de Semana para todos vós!

Olá Joana
Na altura em que a Marta falou do livro pensei logo em comprá-lo e fui à livraria que fica mesmo em frente à minha casa, mas não o tinham. Depois, meteram-se outras leituras pelo meio e acabei por não chegar a comprá-lo. A ver se, agora, não falho. Quando li o que tu e a Marta escreveram lembrei-me logo do "Principezinho" e é engraçado que fui pesquisar alguma coisa sobre o livro e vi que, mesmo sem o ter lido, também é essa a associação que lhe é feita por quem o leu. O que mais me ficou do "Principezinho" foi justamente (para além das imagens que me cativaram de imediato) a ausência de compreensão, de comunicação verdadeira entre os seres, os equívocos da linguagem, a amizade (ou procura dela), a solidão... Creio que é o que mais almejamos: Ser compreendidos e compreender; amar e ser amados. António Lobo Antunes referiu uma vez que: "O ideal é quando se consegue, e às vezes consegue-se, ser compreendido sem necessidade de falar, ter uma comunicação não verbal."
Só essa compreensão nos permite, de facto, atingir um novo nível de comunicação. E essa comunicação só é possível através da escuta do outro. Escutar verdadeiramente só podemos fazê-lo quando temos a capacidade de nos esquecermos de nós próprios e ESTAR inteiros para o outro. E a linguagem para atingirmos uma real comunicação só pode ser a do coração. É o que sinto.
Um beijo grande para ti de feliz domingo.
descobrirafelicidade a 1 de Maio de 2010 às 21:31
Olá Teresa!

: ) Na contracapa do livro está escrito isso mesmo, que nos faz lembrar o Principezinho. E esta ligação é feita mal o abrimos e começamos a folhear. A escrita é de uma imensa simplicidade e os desenhos são uma ternura.
Essa comunicação não falada é que nos leva mesmo para outro nivel de comunicação. Há o ler o olhar, entender os gestos, no fundo, "ler nas entre linhas" a pessoa.

Destaco estas tuas lindas palavras: " Escutar verdadeiramente só podemos fazê-lo quando temos a capacidade de nos esquecermos de nós próprios e ESTAR inteiros para o outro. E a linguagem para atingirmos uma real comunicação só pode ser a do coração."
Sabes Teresa, sinto exactamente o mesmo!

Um beijo grande para ti com muita ternura!
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