Caminhando...
 
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Fev 11

 

 

“Quando Morrie estava contigo, estava mesmo contigo. Olhava para ti a direito nos olhos, e ouvia-te, como se fosses a única pessoa no mundo.

– Acredito em estar completamente presente. Isso quer dizer que devemos estar com a pessoa com quem estamos. Quando estou a falar contigo agora, Mitch, tento concentrar-me apenas naquilo que se passa entre nós. Não estou a pensar em alguma coisa que tenhamos dito na semana passada. Não estou a pensar no que vem ai na sexta-feira.

“Estou a falar contigo. Estou a pensar em ti.”

 (…) Tantas pessoas são tão absorvidas por si próprias, que os seus olhos se reviram se falarmos por mais de trinta segundos. Já têm outra coisa qualquer em mente, um amigo para telefonar, um fax para mandar. A sua atenção só acorda quando paramos de falar, altura essa em que dizem “hum, hum” ou “pois, realmente” e fingem o seu regresso ao momento.

– Parte do problema, Mitch, é que toda a gente está com muita pressa. – disse Morrie – As pessoas não encontram sentido nas suas vidas, e por isso passam o tempo a correr à sua procura. Pensam no próximo carro, na próxima casa, no próximo emprego. Depois descobrem que essas coisas são vazias, também, e continuam a correr.

Escutar alguém verdadeiramente – sem tentar vender-lhe alguma coisa, seduzi-lo, recrutá-lo, ou obter algum tipo de status em retorno – quantas vezes ainda temos disso?

 

Excerto do maravilhoso livro - As terças com Morrie, Mitch Albom

Amiga Joana
O ego, a pressa, as máquinas (o medo da intimidade também, porque muitas pessoas quase se sentem melhor a usar máquinas para comunicar do que no "face a face" ), parece que tudo ajuda a dificultar, ainda mais, a escuta, a presença inteira para o outro. Porque ESTAR verdadeiramente com alguém é tão difícil...
Como diz a Emília, bela escolha de texto, Joana. Foi bom recorda-lo e lembrar que a ESCUTA verdadeira é o alicerce do relacionamento humano.
Um grande abraço e uma semana sem atchins :)
Teresa
descobrirafelicidade a 27 de Fevereiro de 2011 às 15:04
Teresa,

O contacto humano está a tornar-se cada vezes mais raro e como dizes, escutar o outro é realmente dificil mas tendo vontade e valorizando o outro da maneira que merece, facilmente o conseguimos. Acredito plenamente nisto.
Agradeço-te muito por me teres dado a conhecer este livro que é profundamente marcante.

Beijinhos e obrigada
Caminhando... a 20 de Março de 2011 às 22:08
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