Caminhando...
 
09
Out 08

(imagem retirada da internet)

 

Diálogo entre a raposa e o principezinho!

 

(...)

- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.
- Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços? 
- Exactamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo... Se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu chamar-me-á para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- Nós só conhecemos bem as coisas que cativamos , disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos.

Se tu queres um amigo, cativa-me! ...

 

Antoine de Saint Exuperry

publicado por Caminhando... às 17:16
sinto-me:
música: Sarah Mclachlan - In The Arms Of The Angel
tags:
Sempre conseguiste meter a foto da flor...lool**
Olha 'tou triste porque chamas t irritante à minha musica... : ( ...
Como não tenho mais nada para dizer...por aqui fico....

beijinhoOOOooos....**

osmeuslimites* a 11 de Outubro de 2008 às 21:25
Este é dos livros que nunca me vou esqueçer. como li há uns dias algures na net "aos sete anos é infantil , aos quinze é romântico, e a partir dos vinte é um autêntico compêndio da arte de voar através do sonho". Este livro é uma lição para todos. Faz-nos relembrar como se ama, como se cativa e "como se ve o invisivel ". ADOROO JOANINHA!

Ritinha a 11 de Outubro de 2008 às 11:49
pura e simplesmente ADOREI!
esta é a parte que melhor me lembro do principezinho, mas também gosto muito da história da flor de outro planeta... :)
quando e que aceitas o convite para te juntares ao blogue de A.P.? tens d ir ao teu mail do sapo ver isso... vou enviar-te outro convite...
bjo!
Laura a 9 de Outubro de 2008 às 18:49
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