(imagem retirada da internet)
Os diferentes estádios da vida que convencionalmente se consideravam infância, adolescência, juventude, idade adulta, meia-idade e idade da reforma, são hoje ideias feitas que perderam significado para esta nova geração: os sem idade. Vivem mantendo o leque de opções aberto, sem pressões para agir segundo os parâmetros estabelecidos. É uma espécie de saber envelhecer, sem ficar velho.
O mais recente exemplo veio de Hillary Clinton de 64 anos. A secretária de Estado norte-americana, foi fotografada a dançar salsa, sem maquilhagem, e a beber cerveja pelo gargalo da garrafa. As imagens tornaram-se virais pela descontração da protagonista, e correm repetidamente na internet.
"Estou na minha melhor fase", comentou a governante. "Uso o que me apetece, sem me preocupar com o aspeto. É coisa que deixou de ter a importância que tinha para mim." Para os especialistas, o desabafo condiz na perfeição com a pose assumida desta nova geração de seniores. "Ser ativo não é ser jovem, isso mantém o preconceito. Faz um envelhecimento ativo quem consegue fixar-se nos ganhos que tem ao longo da vida", observa Joaquina Madeira, insistindo que é preciso tornar este processo numa forma de otimizar a saúde, de estipular um objetivo, uma meta, uma razão para existir. "É ter um projeto de vida", resume, para depois falar no complemento deste Ano Europeu, que é também da Solidariedade entre Gerações. "Não haja dúvidas: não há envelhecimento ativo sem coesão social. As gerações não podem continuar a competir." Há dias, a tendência ganhou outro certificado de validade: estudos recentes avançam que envelhecer sem arrependimentos dá mais saúde. Segundo a investigação, publicada na prestigiada revista Science, o sentimento de perda e as lamentações por oportunidades desperdiçadas não são de todo benéficas, em idades mais avançadas.
Oiça-se Luna Andermatt, 86 anos, fundadora da Companhia Nacional de Bailado, que se juntou àquele grupo no final do ano passado. Pelas suas palavras, percebemos que o corpo nem sempre obedece à mente, mas o prazer de pisar o palco, esse, não tem dores, nem rugas, nem idade. "Não podemos dar muita confiança ao corpo", explica. "Não se pode ceder ao físico." Nem a vértebra que lhe saiu do sítio, num exercício de ioga, há meia dúzia de anos, a fez parar. "Por dentro não sinto a idade que tenho."
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